2024-06-01 0

Mangueiras de Incêndio Curitiba

TIPOS DE MANGUEIRAS DE COMBATE A INCÊNDIO

As especificações técnicas para mangueiras de combate a incêndio devem ser seguidas rigorosamente durante a confecção desse tipo de equipamento que se mostra indispensável para promoção da segurança e bem-estar de frequentadores e moradores de imóveis.

Além disso, elas devem ser observadas também na hora da compra, uma vez que adquirir a mangueira incorreta para o contexto no qual será usada pode acarretar em diversos prejuízos, como a redução de seu tempo de vida, desempenho e funcionalidade.

Especificações técnicas para mangueiras de combate a incêndio

As especificações são regidas pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas - e determinam o tipo ideal de mangueira a ser usada em virtude do contexto e condições de aplicação. Desse modo, sua observância é de suma importância.

Além disso, é recomendado dar preferência às mangueiras que foram previamente submetidas a testes de segurança, tais como os realizados pelo Inmetro - Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia –, o que garante total segurança durante sua aplicação.

As mangueiras são divididas em 5 categorias, delimitadas pela pressão máxima de trabalho suportada por cada equipamento, local no qual devem ser aplicadas e condições de abrasividade que podem afetar sua durabilidade.

  • Assim sendo, as mangueiras do tipo 1 são ideais para aplicação em edifícios residenciais e possuem pressão máxima de trabalho de 980 KPa (10kgf/cm²). Entretanto, não devem ser aplicadas em contextos com alta abrasão, tais como indústrias.
  • Em edifícios comerciais, industriais ou para aplicação pelo Corpo de Bombeiros, o tipo 2 é o mais indicado, devido à pressão máxima de trabalho de 1370 KPa (14kgf/cm²). O tipo 4 apresenta os mesmos índices de pressão, mas é aplicado apenas na indústria.
  • As mangueiras do tipo 3 são destinadas às áreas industriais e navais por apresentarem alta resistência à abrasão, além de possuírem pressão máxima de trabalho de 1470 KPa (15kgf/cm²). É a mais alta entre todos os modelos listados pela ABNT.
  • Por fim, as mangueiras do tipo 5 são destinadas à área industrial, e apesar de apresentar a mesma pressão máxima de trabalho dos tipos 2 e 4 - 1370 KPa (14kgf/cm²), são mais resistentes à abrasão e às superfícies quentes.

INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE MANGUEIRAS:

INSPEÇÃO

A inspeção deve verificar:

  • Comprimento da mangueira: é de suma importância para garantir o alcance e a área de cobertura originalmente projetada. Após a inspeção, somente deverão retornar para uso as mangueiras que apresentarem comprimento até 3% inferior ao seu comprimento nominal.

Comprimento nominal (metros)

Comprimento mínimo (metros)

15

14,55

20

19,40

25

24,25

30

29,10

 

  • Desgaste por abrasão e/ou fios rompidos na carcaça têxtil, principalmente na região do vinco.
  • Presença de manchas e/ou resíduos na superfície externa proveniente de contato com produtos químicos ou derivados de petróleo.
  • Desprendimento do revestimento externo.
  • Evidência de deslizamento das uniões em relação à mangueira.
  • Dificuldades para acoplar o engate das uniões (os flanges de engate devem girar livremente).

NOTA – Recomenda-se que também seja verificada a dificuldade de acoplamento das uniões com o hidrante e com o esguicho da respectiva caixa/abrigo de mangueira. É permitido utilizar chave de mangueira para efetuar o acoplamento. Esta verificação pode ser feita pelo usuário.

  • Deformações nas uniões provenientes de quedas, golpes ou arraste.
  • Ausência de vedação de borracha nos engates das uniões ou vedação que apresente ressecamento, fendilhamento ou corte.
  • Ausência de marcação conforme a ABNT NBR 11861.

Caso ocorram quaisquer irregularidades descritas acima, a mangueira deve ser encaminhada para manutenção.


MANUTENÇÃO:

A manutenção compreende as atividades de ensaio hidrostático, reparos, reempatação, limpeza e secagem. Esses serviços deverão ser realizados por empresa capacitada. Após o ensaio hidrostático, a mangueira deve retornar, preferencialmente, para o mesmo hidrante ou abrigo em que se encontrava antes do ensaio.


ALERTA AO USUÁRIO:

A norma ABNT NBR 11861 estabelece condições mínimas exigíveis para 5 tipos diferentes de mangueiras de combate a incêndio.

 

Tipo

Local de uso

Pressão de trabalho máxima

kPa (kgf/cm²)

1

Edifícios deocupação residencial.

980 (10)

2

Edifícios comerciais e industriais ou Corpo de Bombeiros.

1370 (14)

3

Área naval e industrial ou Corpo de Bombeiros, onde é desejável uma maior resistência à abrasão.

1470 (15)

4

Área industrial, onde é desejável uma maior resistência à abrasão.

1370 (14)

5

Área industrial, onde é desejável uma alta resistência à abrasão e a superfície quente.

1370 (14)

O usuário deve estar atento quanto à aplicação correta das mangueiras tipos 1 e 2.

A mangueira tipo 1 é de uso exclusivo em edifícios residenciais. Portanto, não pode ser instalada em edifícios industriais, comerciais, prédios de escritórios, shopping centers, lojas, hospitais, cinemas, hotéis ou aeroportos.


Para esses locais a norma estabelece no mínimo mangueira tipo 2 e, no caso de um sinistro, se a mangueira instalada for tipo 1, poderá acarretar a não indenização dos danos pela seguradora. Como responsáveis pela proteção de vidas e patrimônios, o engenheiro, o técnico de segurança ou o síndico responderão por eventuais ações judiciais.

Evite acidentes de trabalho. Fique atento quanto ao uso correto das uniões, seja em mangueiras novas ou em mangueiras usadas. Existem mangueiras utilizadas no comércio ou indústria com data de fabricação anterior a Setembro de 1999 empatadas com uniões de bucha curta. Para a segurança do operador, é importante realizar a sua substituição por uniões 40B ou 65B, conforme anexo C da ABNT NBR 12779.

Caso o estado de uso e desgaste da mangueira seja considerável, planeje sua substituição.